Utilizar medicamentos em pets, sem receita, pode agravar outros problemas de saúde, como intoxicação, e levar à morte.
A Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) aponta que o Brasil é o quinto maior consumidor de fármacos no mundo. O uso indiscriminado de medicamentos é uma realidade para humanos e animais, e a prática representa um grave problema de saúde pública, especialmente pela resistência bacteriana que pode ser adquirida.
De acordo com o médico veterinário da Rede AgroPOP Pet Center, Deyve Alves, utilizar medicamentos em pets, sem receita, pode agravar outros problemas de saúde, como intoxicação, e levar à morte. “Talvez o medicamento até amenize o problema na hora, como dor, mas é importante consultar um veterinário para uma avaliação física do pet. Às vezes, a dor está associada a outro problema, que só pode ser diagnosticado pelo profissional”, apresenta.
Deyve explica que, a depender da quantidade de alguns medicamentos, muitos animais não resistem à ação no organismo. “Procurar na internet soluções de problemas de saúde é uma prática que deve ser combatida. Cada medicamento age de uma maneira distinta no organismo do animal, por isso é ideal consultar um veterinário antes de administrar qualquer substância”, defende.
Um problema comum entre animais domésticos é o uso de medicamentos humanos. Deyve esclarece que alguns remédios não representam grandes riscos à saúde deles. Por outro lado, outras medicações só devem ser prescritas pelo médico veterinário, como o Paracetamol.
“Um comprimido de Paracetamol 750mg pode levar um gato a óbito. Isso acontece porque os felinos não metabolizam a substância, e esse é um medicamento acessível, todo mundo tem em casa”, aponta. Além deste, há outros fármacos na lista de alerta, e que exigem maior cuidado profissional:
– Ácido acetilsalicílico, peróxido de benzoíla, aspirina, diclofenaco sódico, ibuprofeno, diclofenaco de potássio, diclofenaco de sódio, fenazopiridina, benzocaína, tetracaína e toda a classe de antibióticos.
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